Ser a principal referência de livros importados do Brasil, não só em vendas como
também no atendimento e informação, proporcionando desenvolvimento pessoal e social
no país.
Fornecer conhecimento e cultura por meio de livros e de um atendimento diferenciado,
conectando o Brasil com o mundo através da importação daquilo que tratamos como
obras de arte.
Liberdade, honestidade, respeito, proximidade, atenção, agilidade.
Uma livraria independente e familiar especializada em livros importados, que preserva
há mais de 35 anos a tradição, o bom atendimento e o espírito do Livreiro. Atendemos
tanto no atacado como no varejo.
Liberdade de conhecimento. Assim pode ser resumida a história da Freebook. Criada
em pleno regime militar, a livraria era um refúgio de quem buscava livros censurados
pela ditadura. E daí vem o seu nome Freebook, que quer dizer “livro livre”, do regime
e de impostos.
Desse início, quando a livraria ocupava apenas um armário, mais de 35 anos se passaram.
Hoje, estima-se que a Freebook já tenha comercializado mais de 10 milhões de livros.
1976 – Recém-saído da Volkswagen, Manuel Dias Teixeira abre a Livraria
Freebook em seu apartamento na Rua Peixoto Gomide. Junto com sua esposa Maria Christina
Serra, que trabalhava na Editora Nacional, têm o objetivo de distribuir obras importadas
e censuradas, então não encontradas no mercado brasileiro por causa do regime militar
e das dificuldades de importação.
1977 – Manuel Dias Teixeira torna-se membro da diretoria da Câmara
Brasileira do Livro, na Comissão de Livros Importados. Fica no cargo até 1985.
1979 – Enquanto a desvalorização cambial chega a 32%, a Freebook
conhece seus principais fornecedores (Abrams, Abbeville Press, Feffer & Simons,
Kodak, Paper Tiger, Hachette e Office Du Livre) e clientes (Livraria Cultura, L.
Bertizliam (Au Goust Augusta), Agência Art Nouveau*, Verso e Prosa*, Laselva, Livraria
Gaudi, Agência Avant Garden*, Brasiliense* e Editora Vozes).
1982 – Manuel Dias Teixeira participa, pela primeira vez, da American
Bookseller (BEA) em Atlanta. Essa viagem é a primeira das visitas constantes à feira
americana.
Além disso, a Livraria Saraiva se torna um importante cliente e a Freebook chega
ao Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
1983 – Enquanto a desvalorização cambial chega a 38%, a livraria
se torna uma sociedade limitada, tendo como sócios Manuel Dias Teixeira Neto, Maria
Christina Serra Teixeira, James Gordon Duncan e Maria Lúcia Duncan.
1984 – A 8a Bienal do Livro de São Paulo é a primeira a contar
com um stand da Freebook, divulgando livros ilustrados.
Ainda em 1984, a livraria é pioneira a usar o Telex para se comunicar com amigos
e editores.
1985 – Primeira visita à Feira do Livro de Frankfurt, a principal
do ramo, o que se tornaria comum ano após ano.
1986 – Primeira visita à London Book Fair e ao Salon du Livre de
Paris. Pouco depois o governo francês convidou Manuel Dias Teixeira a participar
das próximas feiras de livro e conhecer as editoras do país.
No mesmo ano, o stand da Freebook na 9a Bienal do Livro recebe o Ministro da Cultura
Celso Furtado, apresentando um dos livros mais caros do mundo então, o “Audubon´s
Birds of America”, de 30kg e custo de US $ 7000.00. Uma cópia fac-símile foi doada
à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Ainda em 1986, o índice de leitura per capita brasileiro era de menos de dois livros
por ano, conforme a declaração do presidente da Câmara Brasileira do Livro na época.
Lá fora, livros infantis ganham novos formatos: de plástico para se ler no banho,
de pano que virava roupa etc.
1987 – A moeda brasileira desvaloriza 30%. O Plano Bresser traz
desvalorizações diárias. Enquanto isso, a Freebook detém contrato de exclusividade
com Abbeville Press, DBI Books, Paper Tiger, Phaidon Press, Eastman Kodak, Clarkson
N. Potter, Time Books e Hearst Books International.
1988 – Ao mesmo tempo em que a Freebook abre sua filial para atendimento
direto ao público, ela passa usar o CD-ROM com o banco de dados de livros americanos e ingleses.
Em acordos com a Abrafoto e o Clube de Criação de São Paulo, torna-se parceira exclusiva
de publicitários, fotógrafos e produtores de TV, identificando-os com um cartão
de fidelidade e oferecendo desconto nos livros importados.
1989 – Torna-se a primeira revendedora e distribuidora autorizada
da Pantone no Brasil, importando pela primeira vez as agendas da marca Filofax.
1990 – Na 11a Bienal do Livro, lança a coleção infantil Sound Story
e o dicionário Webter’s Elementary, para o aprendizado do inglês.
Algumas livrarias passam a operar com o Freebook CD-ROM: Saraiva do Shopping Eldorado,
Brasiliense* da Rua Oscar Freire, Best Seller* da Alameda Tietê e Verso e Prosa*
da Faria Lima.
1992 – Devido à queda de vendas, a filial é encerrada. Ao mesmo
tempo, a livraria lança, no MIS (Museu de Imagem e Som), a revista Lurzer´s International
Archive.
1994 – A Revista Veja elege a Freebook como “o máximo” da cidade
de São Paulo.
1995 – A Livraria Saraiva, do Shopping Eldorado, se torna a primeira
mega-store de São Paulo, com livros importados fornecidos pela Freebook.
Fim da sociedade com James Duncan e Maria Lúcia Duncan.
1998 –A Freebook lança seu site e inaugura as vendas on-line.
2000 – Os comentários do fotógrafo Juan Esteves são usados na divulgação
de livros no site.
2001 – A moeda nacional se desvaloriza em 10,55% somente no primeiro
trimestre do ano.
2002 – Com a desvalorização do Real em 221,5% desde o regime de
flutuação cambial de 1999, a livraria vê a necessidade de expandir-se para pontos
de vendas alternativos, como mercados de alta gastronomia e lojas-conceito.
2004 – Um ano de muitos acontecimentos:
- Desenvolvimento de um novo sistema de banco de dados, a Intranet Freebook;
- Manuel participa como convidado da LIBER, Feira de Livros de Madrid;
- A filha do casal Manuel e Christina, Maíra Serra Teixeira, formada em Publicidade
e Propaganda pela FAAP, inicia seu trabalho na livraria e logo promove mudanças
na imagem da marca e no showroom.
- LaSelva torna-se de novo cliente enquanto a livraria Um Toc na Cuca* deixa a carteira
da Freebook.
- Inicia-se o pagamento de contribuição PIS e Cofins para liberar livros importados.
Implantada pelo governo Lula, a medida ocasionou um aumento de custo de 9,25%, acrescido
à carga de 37% em impostos e tributos pagos anualmente ao governo.
- Recessão máxima nas vendas de livros para o mercado de comunicação.
2005 – Entra no ar o site institucional da Freebook, dirigido pela
Maíra.
Depois de sete anos de bruscas oscilações, o câmbio se estabiliza.
Aproveitando o período, a livraria importa e vende 9000 exemplares de Harry Potter
and Half Blood Prince.
2006 – Maíra passa a acompanhar seu pai nas feiras de Londres,
BEA e Frankfurt.
A livraria completa 30 anos e contrata assessoria de imprensa para contínua divulgação
do livro importado.
Segundo o jornal Valor Econômico, o índice per capita de leitura no Brasil é 1,8
livros. No mesmo ano, a Saraiva deixa a carteira de clientes da Freebook.
2007 – Início da negociação para a importação oficial da marca
Moleskine.
2008 – Contrato de exclusividade assinado com a editora Moleskine
e implantação do sistema Horus - Sistema Administrativo de Produtos Literários (software
desenvolvido especialmente para o mercado livreiro).
Ivo Serra Teixeira, formado em administração pública pela FGV, entra para a equipe
Freebook e acompanha Manuel e Maíra na feira de Frankfurt.
2009 – A Freebook é apontada pela Revista Joice Pascowitch como
a livraria secreta de São Paulo.
Contratação da Ikeda para e-commerce e da agência GOGO para branding da marca Freebook.
2010 – Maíra Teixeira e Ivo Teixeira, herdeiros da Freebook, provam
que têm o mesmo espírito visionário dos pais e tomam uma iniciativa estratégica
em direção à expansão dos negócios: formulam o site e-commerce da Freebook e o centro
de distribuição.
Além da estreia no mercado varejo pelo e-commerce, é lançada a nova comunicação
visual da marca.
(*) livraria já fechada
Como um bom livro, a história da Freebook tem detalhes marcantes. Conheça alguns
deles:
- A livraria nasceu durante a ditadura militar, uma época em que o conhecimento
era limitado pela censura. Daí vem o nome Freebook, que quer dizer livro livre.
Era esse o espírito e o objetivo do fundador da livraria ao abrir seu negócio.
- O design do logotipo é uma flor de Sakura, ou como é conhecida por aqui, flor
de cerejeira. A marca foi inspirada em um livro de motivos japoneses, no qual o
desenho original era um brasão de família. Coincidência ou destino, a estrutura
da empresa mantém até hoje sua origem familiar.
- A cor roxa adotada pela marca pode ter vários significados. Segundo a cultura
chinesa, o roxo remete ao poder da criatividade. No Feng-Shui, é a cor dos visionários.
Na Kabala, representa a qualidade de liderança. E para a literatura esotérica é
o "terceiro olho", que é ligado ao conhecimento intuitivo.